Para chegar à santidade
Virtudes para os beatos se tornarem verdadeiramente santos não faltam, a cada dia que passa surgem mais e mais depoimentos que comprovam e reafirmam isso, e a realização da romaria só confirma. Ano após ano, aumenta o número de pessoas que vem prestigiar um dos maiores eventos religiosos do Rio Grande do Sul e agradecer pelas graças alcançadas. Para os Beatos Manuel e Adílio chegarem à santidade, através da canonização, existe ainda um longo caminho a ser percorrido, alguns procedimentos às vezes tornam o processo mais lento, quem nos explica isso e o vice-postulador da causa Cônego Alexander Mello Jaeger.
De acordo com o padre, a primeira parte do processo já aconteceu que é a mais difícil, declará-los beatos. Uma vez beatos já são santos, a diferença está na extensão do seu culto. “Os beatos têm um culto local, restrito. Os santos têm um culto para toda a Igreja, não tendo restrição de local, por isso agora estamos continuando o processo para torná-los santos. A Diocese criou uma comissão especial para cuidar da canonização”, afirma.
Segundo ele, não existem prazos estipulados para se concluir o processo, existe somente para iniciar, “no nosso caso estava dentro dos cinco anos, prazo mínimo após a morte dos candidatos a santidade”.
Padre Alex explica como se dá o processo de canonização, inicia com a beatificação, onde são feitos os procedimentos mais importantes, ou seja, a avaliação histórica das causas do martírio, se não havia outros motivos predominantes além daquele do ódio à fé. É o chamado processo histórico. Depois há o processo de avaliação da vida virtuosa destas pessoas, se eles viveram as virtudes do Evangelho. É o chamado processo teológico. “Como eles são mártires, o reconhecimento do martírio e das virtudes, por parte do Papa, já os constitui santos. A Igreja então os declara beatos porque são restritos há uma determinada área geográfica, no nosso caso a Diocese de Frederico”, expõe e acrescenta, “para a canonização o passo seguinte é a ampliação da devoção e o reconhecimento de um milagre por parte do Vaticano, porque os processos histórico e teológico já aconteceram e não precisam ser repetidos”.
Conforme padre Alex, as demonstrações de fé são uma das bases para a canonização, “os santos são modelos de fé que devem ser seguidos, nos ensinam a acreditar em Deus, por isso quanto maior sua devoção, mais elementos a igreja terá para declará-los santos”. Ele também afirma que a igreja pede um milagre como comprovação das suas intermediações junto a Deus e por isso, a devoção e a comprovação de tal milagre são condições fundamentais para receber o reconhecimento.
Para padre Alex, a comunidade nonoaiense e os demais fieis podem colaborar para que a canonização aconteça, primeiramente vivendo a devoção aqui no município, depois propagando os beatos, através da vida pessoal e colocando nas instituições e organizações municipais a promoção, a divulgação da vida dos beatos e da sua causa, “é importante que a cidade tenha como uma de suas características ser a ‘Terra dos Beatos’, isso não refere-se somente as organizações religiosas, mas a todos os setores da sociedade”, esclarece.
Padre Alex diz, que é preciso distinguir, graças alcançadas, curas e milagres. Graças já existem milhares. Curas dependem de uma declaração por parte da ciência médica, que ela aconteceu sem uma explicação científica, ou seja, por tratamentos, remédios, estas curas serão analisadas pela Igreja para ver nelas a possibilidade de milagres. “Atualmente temos alguns testemunhos que se apresentam como curas, estamos ainda na fase da análise científica. Se algum destes casos for considerado provável milagre será encaminhado para Roma. Recebemos cada vez mais comunicações de graças e curas, as quais estão sendo cuidadosamente analisas”, enfatiza.
Somente 5% das Dioceses do mundo têm beatos. Uma Diocese que os possui, representa o reconhecimento de sua maturidade como Igreja, como comunidade de fé, que pode apresentar pessoas da sua sociedade como exemplo para o mundo inteiro. “Ter beatos é também ter responsabilidades, por um lado reconhecer equívocos históricos que produziram o martírio, que é um assassinato, por outro lado, fortalecer os ideias que os mártires propunham para a sua igreja e sociedade”, ressalta o vice-postulador.
Ao ser questionado sobre como define a trajetória dos beatos, ele explica que há dois exemplos diferentes, o Padre foi formado na cultura europeia, pertencia ao mundo desenvolvido. O coroinha representava uma região do sul do Brasil que estava iniciando o processo de autonomia, frente a um longo período de colonização. Ambos ao seu modo buscavam melhorar as condições do local onde viviam. Eram iluminados pela fé em Deus e pertenciam à Igreja católica, que os motivava a atuarem nos diversos setores da sociedade. Suas atuações encontraram grande receptividade, mas também rejeições as quais culminaram nas suas mortes.
Padre Alex avalia a romaria como um evento que vem gradativamente se configurando. Algo que é relevante considerar é que a romaria não acontece num dia somente, mas em diversos dias, isso instiga os organizadores a pensarem atividades diversificadas para concentrações múltiplas. Outro aspecto é ter uma infraestrutura para esses eventos mais móveis e outra mais permanente para os romeiros que vem durante todo o ano. “Permanece o desafio de toda a sociedade nonoaiense assimilar e assumir a causa da canonização, da sua divulgação e da sua promoção, como algo que ultrapassa o religioso, mas que pode beneficiar todos os setores da sociedade”, conclui.
Jornal Visão da Notícia de Nonoai
Jornalista: Sandra Aparecida Zanatta Müller
Ao retratarmos o testemunho de vida e santidade dos Beatos Manuel e Adílio nos damos conta dos momentos de grande emoção e alegria que a Diocese de Frederico Westphalen, em especial a Paróquia Nossa Senhora da Luz já viveu.
A Solenidade da Beatificação, que aconteceu em 21de outubro de 2007, marcou profundamente as mais de 80 mil pessoas que acompanharam.
Convidamos você querido amigo devoto a fazer a leitura da homília da missa presidida pelo Cardeal José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, fortalecer ainda mais a sua fé e guardar em seu coração este sentimento de grande emoção.
HOMILIA DO CARDEAL JOSÉ SARAIVA MARTINS NA SOLENE BEATIFICAÇÃO DOS MÁRTIRES MANUEL GÓMEZ GONZÁLES E ADÍLIO DARONCH
Frederico Westphalen (Brasil), 21 de Outubro de 2007
- Irmãs e Irmãos caríssimos
A exortação que acabámos de escutar hoje na carta de São Paulo Apóstolo a Timóteo, ressoa poderosamente no nosso coração pela força com que se cumpriu na vida dos nossos novos beatos: Manuel Gómez González, sacerdote e mártir e Adílio Daronch, jovem acólito e mártir.
Nestes, aquelas palavras de Paulo permanecei firmes naquilo que aprendestes e do qual estais convictos, sabendo de quem o recebestes e que desde a infância conhece a Sagrada Escritura: estes podem instruir-vos para a salvação, que se obtém por meio da fé em Cristo Jesus, encontram magnífico cumprimento e estupenda realização num testemunho que, ainda que diverso na idade e nas funções, uniu-se na palma do martírio e na vitória da Cruz de Cristo!
O Santo Padre Bento XVI, recorda justamente que: "Santo é aquele que, sentindo-se de tal forma atraído pela beleza de Deus e pela sua perfeita verdade, progressivamente por Ele é transformado. Por esta beleza e verdade, está pronto a renunciar a tudo, também a si mesmo. Para ele é suficiente o amor de Deus, que experimenta no serviço humilde e abnegado do próximo, sobretudo de quantos não são capazes de retribuir" (Homilia, 23 de Outubro de 2005).
Pela beleza e verdade de Cristo e do seu Evangelho, os dois novos beatos, renunciaram a tudo, também a si próprios.
- Manuel Gómez González, nasce a 29 de Maio de 1877 nas proximidades de Tuy-Pontevedra, em Espanha, filho de José e Josefina González. Terminado o percurso de estudos exigido, a 24 de Maio de 1902, recebeu a ordenação presbiteral na sua terra natal e começou a exercer o ministério sacerdotal na sua diocese. A partir de 1904, foi aceite após o seu pedido, na vizinha diocese de Braga, em Portugal, tornando-se pároco de Valdevez e depois, em 1911, de Monsão. Com o surgimento dos problemas políticos e religiosos, em 1913 foi-lhe concedido partir para o Brasil.
Aqui, depois de uma breve estadia no Rio de Janeiro, Monsenhor Miguel de Lima Valverde, acolheu-o na diocese de Santa Maria (Rio Grande do Sul). Por breve tempo foi pároco de Saudade, até que a 7 de Dezembro de 1915, foi-lhe confiada a imensa paróquia de Nonoai, quase uma pequena diocese: aqui desenvolveu uma obra pastoral tão intensa, que em oito anos, transformou o rosto da paróquia, cuidando também dos Índios e devendo também, pontualmente, ocupar-se da vizinha paróquia de Palmeiras das Missões, na qualidade de administrador. Foi precisamente nesta segunda paróquia entregue ao seu cuidado que haveria de sofrer depressa o martírio.
Adílio Daronch, nasce a 25 de Outubro de 1908, perto de Dona Francisca, na zona de Cachoeira do Sul (Rio Grande do Sul), no Brasil. Os seus pais, Pedro Daronch e Judite Segabinazzi, tinham oito filhos: em 1911 a família transferiu-se para Passo Fundo e em 1913, para Nonoai. Adílio fazia parte do grupo de adolescentes que acompanhava Padre Manuel nas suas longas e cansativas viagens pastorais, entre as quais, junto dos índios Kaingang. Fiel acólito, Adílio era também aluno da escola fundada pelo missionário.
Um dia, o bispo de Santa Maria, D. Ático Eusébio da Rocha, pediu ao sacerdote espanhol para ir visitar um grupo de colonos teutónicos brasileiros, instalados na floresta de Três Passos.
O Padre Manuel celebrou a Semana Santa na paróquia de Nonoai, portanto fez a viagem acompanhado pelo jovem Adílio, ignorando os perigos de uma região envolta em movimentos revolucionários.
Esteve um primeiro tempo em Palmeiras: aqui, administrou os sacramentos, mas não deixou de exortar ao dever da paz aos revolucionários locais, pelo menos em nome da fé cristã.
No entanto, os mais extremistas não gostaram da intervenção do religioso, nem de ter dado sepultura com cristã piedade, às vítimas dos bandos locais.
Continuaram depois a sua viagem para Braga e de seguida, para a Colónia Militar onde, a 20 de Maio de 1924, o Padre Manuel celebrou pela última vez a Santa Missa.
Os fiéis indígenas, avisaram o sacerdote do perigo que correria se penetrasse na floresta, mas ele não lhes deu ouvidos, ardendo no desejo de levar-lhes a graça divina.
Chegados a um empório, procurando informações sobre como chegar aos colonos de Três Passos, encontraram militares que gentilmente se ofereceram para os acompanhar. Tratava-se na verdade de uma emboscada propositadamente organizada: Padre Manuel e o seu fiel ministrante, Adílio, então apenas com dezasseis anos, foram na realidade conduzidos para uma remota zona da floresta onde os esperavam os chefes militares.
Juntos, sobre uma elevação, os dois companheiros de martírio, foram amarrados a duas árvores e fuzilados, morrendo assim, por ódio à fé cristã e à Igreja Católica. Era o dia 21 de Maio de 1924.
- É admirável rever nestes acontecimentos, a mesma vitalidade, o mesmo vigor, a mesma extraordinária força das "Paixões" dos Mártires dos primórdios da era cristã!
Parece revermos o Santo Pontífice Sisto II, na emboscada fatal no cemitério de Calisto, enquanto ensinava a Palavra Divina e dali conduzido ao martírio, sem ser abandonado pela fiel escolta dos seus Diáconos, que quiseram partilhar do seu fim e glória! Também ao Padre Manuel, poderemos aplicar as palavras que São Cipriano dirigiu a Sisto: "sacerdote bom e pacífico"; também no seu acólito Adílio, poderemos evocar a glória de Tarcísio, mártir da Eucaristia: o primeiro por levá-la aos irmãos, o segundo pelo serviço no ofertá-la à Majestade Divina!
Esta Igreja não esqueceu assim o heróico testemunho do pároco e do acólito, mortos por amor do Evangelho e numerosos devotos apressaram-se a acorrer às suas sepulturas e a invocar a ajuda do Senhor através das suas intercessões.
Hoje a Igreja reconhece a vitória do pároco e do seu acólito, prestando-lhes a homenagem da glória e reconhecendo a sua poderosa intercessão, implora a sua celeste ajuda e olha para o seu exemplo!
- A celebração da Eucaristia, no centro da vida dos Beatos Manuel e Adílio, brilha no seu testemunho com a potência e o fascínio do mistério encarnado: para que a Palavra de Deus ressoe no mundo, para que se cumpram os Mistérios da salvação, para que se renove sobre o altar o sacrifício da Cruz, para que se celebre na oferta da própria vida a comunhão dos Divinos Mistérios, para que os homens venham a atingir a salvação. Por isso, aqueles desafiaram os perigos e desprezando as ameaças, ofereceram juntos o próprio holocausto, a fim de que a sua radical comunhão, brilhasse alta como luz nas trevas do homem, vencido pelo ódio e pela violência, vítima da luta fratricida e assassina que semeia nos corações o extremo veneno da própria e alheia ruína e condenação!
Ao seu apóstolo Timóteo, São Paulo na segunda leitura, que acábamos de escutar, dirigia-se-lhe assim: Suplico-te diante de Deus e de Jesus Cristo, que virá julgar os vivos e os mortos, pela sua manifestação e o seu Reino: anuncia a palavra, insiste em toda a ocasião oportuna e inoportunamente, insiste, corrige, exorta com toda a magnanimidade e doutrina.
Devemos considerar-nos afortunados, irmãos caríssimos, porque a nós foi hoje concedida uma graça especial: a de compreender o quanto está viva a Palavra de Deus, porque estas palavras vimo-las realizadas nos nossos Beatos!
Vimos um pastor e uma criança estimar a própria vida, exclusivamente por relação a Deus e à salvação eterna dos irmãos; vimo-los considerar um ganho a sua perda para ganhar o Reino de Deus; vimos este Reino começado aqui na terra, onde Deus visita os aflitos, consola os atribulados e volta a oferecer-se pelos pecadores; ouvimos anunciar a Palavra de Deus no coração da floresta, com fidelidade e insistência.
Escutámos a voz do sacerdote suplicar, corrigir e exortar, com toda a magnanimidade e doutrina, para que nos corações voltasse a paz e para que os pecadores se convertessem e vimos também nós hoje, um jovem elevar as mãos do pai, como aconteceu um dia com Moisés, a fim de que a luta fosse sustentada até à vitória e implorada a graça do céu, no qual participaram com o próprio serviço!
Também nós fomos testemunhas de tudo isto, irmãos caríssimos, e vimos cumprirem-se as promessas prefiguradas desde o Antigo Testamento na perene primavera da Igreja e descobrimos a verdade da Aliança em Cristo na perenidade do seu vigor, vivido no testemunho dos Mártires!
- Hoje, se o Filho do homem voltasse, segundo a sua promessa, encontraria ainda acesa a chama da fé sobre a terra: encontrá-la-ia viva e resplandecente sobre esta Igreja do Brasil, encontrá-la-ia alimentada no sangue dos seus Mártires, encontrá-la-ia segura e ardente no testemunho dos Beatos Manuel Gómez e Adílio Daronch.
Encontraria ainda sobre a terra, também nos nossos corações, porque hoje, ainda que débeis e fragilizados pela sua miséria e pelos seus pecados, estes são fortalecidos na memória dos Santos Mártires e encontraram estímulo na sua força: a fé em Cristo Senhor, único salvador e redentor do homem, nós hoje a afirmamos e professamos nesta comunhão dos Santos, que nos une no único Credo e que nos estimula ao mesmo testemunho.
Como sublinhava Bento XVI: "... O Senhor não fecha os olhos diante das necessidades dos seus filhos e, se por vezes parece insensível aos seus apelos, é só para os pôr à prova e temperá-los na fé. Este é o testemunho dos santos, este é especialmente o testemunho dos mártires, associados de um modo mais estreito ao sacrifício redentor de Cristo" (Angelus, 14.8.2005), como o estiveram efectivamente, de modo exemplar, os nossos dois novos Beatos.
Beatos Manuel e Adílio, dai-nos também hoje o vosso socorro, que reconhecemos poderoso, à nossa súplica e oferecei do céu a vossa intercessão junto do trono do Altíssimo: dirija Ele o seu olhar sobre as nossas misérias e sobre as nossas necessidades, sobre os nossos conflitos e sobre os ódios que destroem o coração do homem, que oprimem os fracos e que sufocam a sua graça!
Venha o Príncipe da paz a sustentar a batalha da sua Igreja, desça com as nossas fileiras para que triunfe a sua Palavra e intercedam por nós os Beatos Mártires Manuel e Adílio, a fim de que possamos um dia com eles, cantar os louvores do Senhor, ali onde Cristo reina glorioso entre as falanges do céu! A Ele o louvor e a glória pelos séculos, amém!
Beatificados Padre Manuel e Coroinha Adílio
Fé, emoção e muita expectativa estavam voltadas para a celebração
Após uma caminhada de 40 anos o desejo de fiéis e devotos foi realizado. No domingo dia 21 de outubro de 2007 na cidade de Frederico Westphalen, foi realizada a missa de beatificação dos Mártires de Nonoai e do RS Padre Manuel Gomes Gonzalez e o coroinha Adílio Daronch. O evento foi realizado no Parque Municipal Monsenhor Vitor Batistella, localizado no Km 32 da BR-386. A partir de agora o Rio Grande do Sul e o Brasil tem o primeiro coroinha beatificado. A chuva que caiu até o inicio da tarde não impediu a presença da multidão, na beatificação dos primeiros beatos gaúchos e do primeiro beato coroinha do mundo.
Antes da Santa Missa apresentou-se o Grupo de Teatro de Três Passos, que encenou a vida e o martírio do Padre Manuel e do Coroinha Adílio. A missa teve uma duração de 2 horas, sendo presidida pelo cardeal português José Saraiva Martins, prefeito da Congregação da Causa dos Santos, enviado especial do Papa Bento XVI ao evento. Estiveram presentes aproximadamente 30 bispos, mais de 100 padres 3.500 coroinhas. Na comitiva episcopal havia também o Frei Paolo Lombardo, postulador da Causa da Beatificação, em Roma, além do Núncio Apostólico, no Brasil, Dom Lorenzo Baldissera.
Familiares do padre Manuel vindos da Espanha e familiares do Coroinha Adílio vindos de Dona Francisca (RS), entre outros lugares, acompanharam a missa. Durante o evento as irmãs do coroinha foram amparadas por familiares, Zulmira, 96 anos, e Anita Daronch, 94 anos, as quais apresentaram aos devotos a relíquia – fragmento de ossos dos mártires, dentro de um relicário dourado. A multidão aplaudiu com fervor o que as levou a um momento de grande emoção.
Outro momento de encanto foi no ato de leitura da carta do Papa declarando beatos os mártires quando desceu do teto do altar um imenso banner contendo as fotos do padre Manuel e do coroinha Adílio, emocionando a multidão.
A Celebração contou com a presença, do bispo emérito de Frederico Westphalen, Dom Bruno Maldaner, do Bispo da diocese de Novo Hamburgo, Dom Zeno Hastenteufel, do Administrador Diocesano, Padre Luiz Dalla Costa, do Padre Alexender Jaeger, Vice - Postulador da Causa da Beatificação, do Secretario Geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa e Dom Dadeus Grings, Arcebispo de Porto Alegre. O pároco da paroquia da Catedral também participou da celebração, assim como os párocos de Nonoai, Ângelo Dal Piva e de Três Passos, Hélio Welter.